Fraudes em defesa podem influenciar cortes pelo supercomitê

Congressistas democratas e independentes pretendem enviar ao Comitê Conjunto para Redução do Déficit um relatório do Pentágono que detalha fraudes e desperdício de recursos em contratos militares na última década. O senador Bernie Sanders (I-VT) afirmou que as empresas que mais recebem contratos de defesa apresentam um comportamento fraudulento sistêmico. Essa conduta já teria custado aos cofres públicos US$ 1,1 trilhão nos últimos dez anos. Segundo Sanders, o relatório mostra que empresas como a Lockheed Martin e Northrop Grumman também entraram em acordo com o governo diversas vezes para afastar processos por fraudes. Entre as acusações, estão o fornecimento de equipamento defeituoso, favorecimento em licitações e superfaturamento. As irregularidades não impediram que as empresas participassem de novos contratos governamentais. O consultor da indústria de defesa Loren Thompson se contrapôs ao senador Sanders, dizendo que seu setor é bem regulamentado pelo governo. Thompson argumentou que os legisladores são responsáveis por grande parte do desperdício de recursos ao priorizar projetos militares desnecessários. O objetivo da iniciativa é demonstrar ser viável cortar gastos de defesa, além dos US$ 350 bilhões definidos pelo acordo de redução de déficit em agosto, sem prejudicar a segurança nacional. Congressistas próximos a militares e às empresas do setor têm feito campanha para preservar o orçamento de defesa. Desta forma, programas sociais teriam de acomodar a maior parte do corte adicional de até US$ 1,5 trilhão que o supercomitê deve mapear até 23 de novembro.
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