Energia e Meio Ambiente

Inteligência dos EUA atenua temor sobre plano nuclear do Irã

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publicou um relatório, no dia 24, atestando aumento significativo na capacidade e no ritmo de enriquecimento de urânio pelo Irã. Apesar dessa informação, as agências de inteligência dos EUA negam haver evidências de que o país esteja desenvolvendo armas nucleares. Segundo funcionários das agências, as últimas apurações feitas por investigadores dos EUA confirmam dados obtidos em 2007 e 2010. Nas duas ocasiões, foi constatado que o Irã abandonara um programa nuclear paralelo para desenvolvimento de armas nucleares em 2003. O diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, em depoimento ao Senado em 31 de janeiro, também disse acreditar que os líderes iranianos não haviam decidido retomar o programa militar. Clapper reconhece que o atual desenvolvimento nuclear iraniano seja um facilitador para a fabricação de armas de destruição em massa, mas não vê indícios de que o país tenha optado pela construção de uma bomba nuclear. Caso os iranianos consigam enriquecer urânio em instalações civis no percentual necessário para uso militar, especialistas argumentam que seria relativamente fácil produzir artefatos nucleares. Para David Kay, que dirigiu esforços da CIA em procurar armas de destruição em massa no Iraque após a invasão dos EUA, o parecer da comunidade de inteligência reflete principalmente a falta de dados sobre o programa nuclear iraniano. Kay crê que as agências de inteligência estejam mais cautelosas após avaliações errôneas sobre armamentos iraquianos em 2002, que foram utilizadas pela administração Bush para justificar a intervenção no país no ano seguinte.

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