Karzai surpreende com proposta de acordo somente em 2014

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, supreendeu os EUA propondo adiar a assinatura do acordo de segurança entre os dois. A decisão foi anunciada, no dia 21, na Loya Jirga. Essa assembleia, composta por mais de 2 mil líderes políticos e tribais, se reuniu na última semana para tratar do assunto. No dia anterior, um texto foi definido entre Karzai e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry. Entre outros pontos, ambos estabeleceram que os EUA manterão entre 8 mil e 12 mil soldados após 2014, quando acabam as operações de combate da OTAN no Afeganistão. O objetivo da permanência das tropas é continuar o treinamento militar para soldados afegãos e ajudar na estabilidade do país. Apesar do interesse em manter presença na região, os EUA exigem imunidade legal para suas tropas. Após meses de resistência, Karzai aceitou a exigência e concordou que os EUA continuem a fazer algumas operações relâmpago em residências afegãs na busca por combatentes talibãs. O passo seguinte é aprovar as demandas na Loya Jirga, um conselho onde muitos membros as consideram um desrespeito à soberania. Karzai defendeu os termos do arranjo diante da assembleia, mas sugeriu que a assinatura ocorra depois das eleições presidenciais de 2014. O líder justificou a cautela com base na crença de que sua relação com Washington é de desconfiança mútua. Analistas acreditam que a intenção é ganhar tempo para obter concessões dos EUA antes de deixar o poder. Segundo o Pentágono, a postergação impede o planejamento necessário para a manutenção de um contingente a partir de 2015.

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