Estudo do governo prevê fim da hegemonia dos EUA

O Conselho Nacional de Inteligência publicou, no início de dezembro, um relatório prevendo que a ordem mundial em 2030 será radicalmente diferente da atual. De acordo com o estudo “Global Trends 2030: Alternative Worlds”, o momento unipolar dos EUA acabou e nenhum país será hegemônico nos próximos 20 anos. O trabalho prevê o declínio relativo de poder dos EUA e o fim do período histórico que marcou a ascensão do Ocidente. União Europeia, Japão e Rússia continuarão no processo de perda de influência, enquanto economias emergentes seguirão determinantes para a saúde da economia global. Apesar de a China ser indicada como a maior economia do mundo em 2030, o documento classifica os EUA como “primeiro entre iguais”. A suposta proeminência do país está relacionada a sua capacidade de mobilizar coalizões e formar alianças para lidar com problemas globais. Outro diferencial seriam seus variados recursos de poder, que mesclam capacidade militar única e liderança tecnológica. No que diz respeito aos avanços em tecnologia, ganham destaque as novas técnicas para exploração de recursos fósseis. De acordo com o Conselho, a recente revolução tecnológica pode levar o país a alcançar independência energética em alguns anos. Mas o órgão alerta que, caso esta perspectiva não se materialize, aumentam as chances de um cenário de conflito entre grandes potências devido à provável escassez de fontes de energia no futuro. Publicada a cada quatro anos para apoiar o planejamento de longo prazo do governo, a análise apresenta a visão das 16 agências de inteligência dos EUA sobre tendências na política internacional.

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