Clinton defende coalizão pró-oposição na Síria

A secretária de Estado Hillary Clinton pediu, no dia 5, pela formação de uma coalizão de países “amigos da Síria democrática” em apoio à oposição ao governo de Bashar al-Assad. Visando a transição democrática, a coalizão adotaria mais sanções contra o atual governo, e trabalharia para cortar remessas de armas e fundos ao país. A declaração representa uma mudança de tom dos EUA, que evitavam interferir publicamente na disputa interna na Síria, a fim de não prejudicar a credibilidade da oposição. A fala da secretária ocorreu um dia após a Rússia e a China vetarem a proposta de resolução no Conselho de Segurança da ONU (CS). O duplo veto indica forte rejeição a uma intervenção externa na Síria. A proposta requeria o fim da violência, a retirada do Exército das ruas e eleições livres, mas não demandava a saída de Assad ou a renúncia voluntária às armas pelo governo sírio. A Rússia, que havia imposto parte dessas condições para aprovar o plano, disse ser “escandaloso” pedir que os militares deixem as cidades. Supreendida pelo veto, Clinton afirmou que a derrota no CS aumenta as chances de que o conflito se torne uma guerra civil ainda mais violenta. Sem o mandato da ONU, uma coalizão anti-Assad terá pouca margem de ação. Alegando temer pela segurança dos diplomatas, os EUA fecharam sua embaixada em Damasco no dia seguinte à votação na ONU.

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