EUA pressionam Argélia a apoiar intervenção no Mali

A secretária de Estado Hillary Clinton visitou a Argélia, no dia 29, para discutir a instabilidade política no Mali. No encontro com o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika, Clinton pediu apoio a uma intervenção militar no país vizinho por forças africanas. O governo em Argel resiste a se envolver devido a preocupações com a estabilidade em suas fronteiras. Entretanto, sua participação é considerada fundamental pela Casa Branca. A Argélia tem grande influência política e possui um dos exércitos mais fortes na área. A segurança no Mali se tornou uma questão regional desde março, quando o governo perdeu o controle do norte do país para militantes islâmicos. No último dia 12, o Conselho de Segurança da ONU concedeu um prazo de 45 dias para que a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) coloque em prática um plano de intervenção. A ideia é enviar 3.300 militares para auxiliar as forças governamentais a combater os grupos armados. Embora a Argélia não seja membro da CEDEAO, seu envolvimento seria vital para a implementação do plano. EUA e França devem fornecer apoio logístico às tropas africanas. Em função da presença da Al Qaeda na região, os EUA temem que o norte do Mali se torne uma base para planejamento de atentados. Segundo a CIA, a organização terrorista estaria envolvida no ataque ao consulado de Benghazi, na Líbia. Apesar da visita da secretária, nenhum acordo foi anunciado. Funcionários do Departamento de Estado afirmam que mais discussões serão necessárias, embora a visão dos dois países sobre o problema comece a convergir.

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