Senadores democratas se mostraram divididos sobre questões ambientais em votações realizadas no dia 22. Dezessete democratas moderados e conservadores se uniram aos 45 republicanos do Senado para aprovar uma emenda a favor da construção do oleoduto Keystone XL. No mesmo dia, treze senadores democratas ajudaram os mesmos republicanos a derrotar uma proposta para reduzir o déficit público com a criação de taxas sobre emissão de carbono. Em contrapartida, apenas quatro membros do partido votaram pelo bloqueio de regulações da Agência de Proteção Ambiental sobre emissões de poluentes. As emendas votadas foram debatidas em meio à proposta de orçamento do Senado, sendo mais simbólicas do que efetivas. A decisão sobre o Keystone XL cabe ao Departamento de Estado e ao presidente, já que o oleoduto cruzaria uma fronteira internacional para transportar o petróleo das areias betuminosas do Canadá até o Texas. Ambientalistas são contra o projeto, e argumentam que a extração e o refino desse tipo de recurso emitem mais carbono do que os métodos convencionais. A maioria dos congressistas democratas alinhados com os republicanos representa estados com forte influência da indústria petrolífera ou vai enfrentar disputas pela reeleição em 2014. Especialistas dizem que esses políticos tendem a evitar o desgaste junto ao seu eleitorado, mas devem ajudar o presidente a manter instrumentos de ação executiva. Desde o primeiro mandato de Barack Obama, a Agência de Proteção Ambiental tem sido o principal promotor de regulamentações sobre meio ambiente.