Irmandade Muçulmana ameaça rever tratado com Israel

Líderes da Irmandade Muçulmana ameaçaram, no dia 16, aprovar legislação para rever o tratado de paz com Israel, caso os EUA cortem o auxílio financeiro ao Egito. O tratado, assinado em 1979 e mediado pelos EUA, é considerado como elemento vital para a estabilidade da região. O líder do Comitê de Relações Exteriores do Parlamento egípcio, Essam el-Erian, declarou que o documento está vinculado à ajuda militar pelos EUA e a suspensão das verbas permitiria ao Egito denunciar o tratado. As declarações foram feitas enquanto o Comitê de Assuntos Externos na Câmara dos EUA discutia a possibilidade de suspender o auxílio anual de US$ 1,3 bilhão. A Casa Branca e o Congresso ameaçam cortar as verbas em retaliação ao processo criminal contra cidadãos dos EUA no Egito, acusados de financiar ilegalmente protestos políticos no país. A Irmandade Muçulmana se tornou o maior partido político do Egito após ganhar a maioria das cadeiras nas recentes eleições parlamentares. O anúncio do partido, que esteve na clandestinidade nas últimas décadas, rompe com meses de declarações moderadas. No entanto, analistas egípcios e outros membros da própria Irmandade acham difícil que o partido leve as ameaças adiante. O tratado de paz ajuda a manter estáveis as fronteiras do país, que passa por um turbulento momento de transição política. Dificuldades econômicas também tornam improvável que o país arrisque prejudicar as relações com Israel ou um até mesmo um conflito com o país vizinho.

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