Nascimento de minorias ultrapassa o de brancos

Um relatório do Census Bureau, de 17 de maio, mostrou que a taxa de nascimento das minorias ultrapassou a da população branca. Entre julho de 2010 e julho de 2011, mais de 50,4% dos nascimentos registrados no país foram de grupos minoritários, incluindo hispânicos, negros, asiáticos e mestiços. Essa é a primeira vez na história dos EUA em que menos da metade das crianças nascidas são de origem brancas. Um dos fatores que explica o resultado é o crescimento da imigração nas últimas décadas, especialmente dos hispânicos. Outro fator é o envelhecimento e a diferença de idade dessas populações: mulheres de grupos minoritários são, em média, mais jovens que as brancas e ainda estão em idade fértil. O relatório prevê que em 2042 os brancos serão minoria nos EUA. Atualmente, hispânicos, negros, asiáticos e mestiços correspondem a 37% da população e são maioria na Califórnia, Texas, Havaí, Novo México e Washington. O aumento da diversidade populacional tem sérias implicações para os EUA. No âmbito político, o país precisará lidar com questões relacionadas principalmente a educação e imigração, já que as minorias têm menos acesso ao ensino superior e diversos estados têm implementado políticas para restringir a entrada de estrangeiros. Na economia, o rápido crescimento das minorias deve aumentar o tamanho da força de trabalho e representar uma vantagem em relação a outros países desenvolvidos. Entretanto, especialistas afirmam que a presença dessas populações testa a capacidade das comunidades e do país em integrá-los na sociedade.

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