Encontro histórico entre Cuba e EUA na Cúpula das Américas

Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro protagonizaram o primeiro encontro público entre chefes de Estado de EUA e Cuba desde a Revolução Cubana. O fato histórico aconteceu na 7a. Cúpula das Américas, dia 10, no Panamá. Líderes dos dois países cumprimentaram-se casualmente somente duas vezes desde 1959: em 2013, no funeral de Nelson Mandela, e em 2000, quando Fidel Castro e Bill Clinton trocaram um aperto de mão na ONU. Esta também foi a primeira vez em que Cuba participou da Cúpula, cuja primeira reunião aconteceu em 1994 para promover a cooperação entre países do continente. Apesar do fim da proibição à participação de Cuba em 2009 e da ampla demanda dos países latinos por sua presença, Washington e Havana recusavam a ideia. A presença cubana no encontro desse ano foi mais um passo no processo de reaproximação diplomática entre os dois rivais da Guerra Fria, iniciado em dezembro último. Embora o embargo comercial dos EUA à Cuba ainda vigore e embaixadas mútuas não tenham sido abertas, a retomada das relações deve continuar. Para especialistas, normalizar as relações com Cuba e Irã são dois legados em política externa pretendidos por Obama. Em discurso na Jamaica, horas antes de seguir para o Panamá, o presidente disse que o Departamento de Estado pretende excluir Cuba da lista de países apoiadores do terrorismo. Mas a expectativa de um anúncio oficial durante a Cúpula acabou não se confirmando. A esperada tensão com a Venezuela também não aconteceu. Dias antes, esforços diplomáticos envolvendo a presidente brasileira Dilma Rousseff e o ex-embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, teriam contribuído para acalmar a situação.

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