Republicanos já discordam antes de vitória nas urnas

O Partido Republicano espera grandes vitórias eleitorais no próximo dia 4, com perspectivas de aumentar sua maioria na Câmara e retomar o controle do Senado, que está na mão dos democratas desde 2006. No entanto, os prováveis ganhos já criam conflitos dentro do partido. A ala mais radical de candidatos e congressistas vê nas vitórias eleitorais a chance de imprimir uma agenda conservadora, de clara oposição ao presidente Barack Obama. Entre os temas prioritários estariam a revogação da reforma da saúde, principal conquista legislativa de Obama, e uma reforma agressiva do sistema tributário do país. Por outro lado, a liderança do partido e sua maioria de membros moderados têm outras preocupações. Olhando para as eleições de 2016, os líderes republicanos sabem que precisarão demonstrar capacidade de governar. Mesmo com o controle do Senado, o partido não alcançará a maioria qualificada de 60 votos e precisará negociar com os democratas para a aprovação de seus projetos. O atual líder da minoria no Senado, Mitch McConnell (R-KY), já declarou que mesmo que conseguisse aprovar a revogação da reforma da saúde, por exemplo, tal projeto de lei seria vetado pelo presidente. McConnell e o representante John Boehner (R-OH), líder da maioria na Câmara, parecem interessados em medidas menos drásticas, como a aprovação do oleoduto Keystone XL e mudanças pontuais na reforma da saúde. A abordagem pode ser vista como capitulação por parte do partido. Um exemplo é o senador Ted Cruz (R-TX), que em 2013 orquestrou a paralisação do governo por causa da lei da saúde, e deverá ganhar novos aliados nestas eleições.

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