Nova presidente contradiz relatório do Fed

Janet Yellen, a nova presidente do Fed, deu sua primeira coletiva de imprensa após reunião do Federal Open Market Committee (FOMC, na sigla em inglês), no dia 19. O Banco anunciou o terceiro corte de US$ 10 bilhões em seu programa mensal de compra de títulos públicos e papéis lastreados em hipotecas. Com a mudança, o órgão reduzirá sua injeção de liquidez para US$ 55 bilhões em abril. Além disso, o Fed continuaria comprometido com a manutenção de taxas de juros baixas a fim de aumentar o consumo, gerar empregos e produzir crescimento econômico. Yellen sugeriu à imprensa que o aumento das taxas de juros pode acontecer seis meses depois do fim do programa de recompra de títulos, com término previsto para o segundo semestre. A mensagem foi distinta do relatório do FOMC, informando que as taxas de juros continuarão próximas a zero por tempo considerável após o término da compra de títulos. O pronunciamento teve impacto negativo nos mercados e Yellen foi criticada por não comunicar claramente as intenções do Banco. Desde dezembro de 2012, o Fed vincula o nível da taxa de juros ao índice de desemprego. O órgão se comprometeu a não elevar os juros antes que a taxa chegue a 6,5%. O índice atingiu 6,7% em fevereiro, porém sem sinais de crescimento sólido do mercado de trabalho. Assim, Yellen anunciou uma mudança de parâmetros para a determinação dos juros, incluindo uma gama de indicadores econômicos como condições do mercado de trabalho, inflação e desenvolvimento do mercado financeiro. As novas referências também foram criticadas por analistas como demasiado amplas e imprecisas para orientar os mercados.

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