Energia e Meio Ambiente

OPEP adia investimentos frente à concorrência dos EUA

Países da OPEP podem postergar investimentos em petróleo para contrabalançar a concorrência dos EUA. A projeção foi divulgada no relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), publicado no dia 12. Segundo Fatih Birol, economista-chefe da agência, a OPEP acredita que o crescimento da oferta nos EUA vá provocar abundância de petróleo no mundo. Com este cenário, a organização prefere esperar para fazer novos investimentos, impedindo uma super oferta e a consequente queda nos preços. A Arábia Saudita, por exemplo, não pretende aumentar sua capacidade de produção nos próximos 30 anos. Os Emirados Árabes Unidos adiaram, de 2017 para 2020, o plano de crescer sua capacidade produtiva. Para Birol, as decisões podem ter impactos negativos no futuro. Segundo o especialista, o otimismo inicial com as reservas de xisto nos EUA gerou uma falsa percepção global. Mesmo os produtores no Golfo Pérsico, que tendiam a minimizar o potencial das reservas de xisto, passaram a ver a oferta nos EUA como uma ameaça. Birol, no entanto, diz que o fenômeno do xisto é uma onda passageira e não uma revolução. A AIE acredita que os EUA ultrapassem a Arábia Saudita como maior produtor mundial em 2015, mas a situação voltará a se inverter na próxima década. Isso porque, a partir de 2020, o ritmo de produção nos EUA deve entrar declínio. Como a demanda global continuará crescendo, principalmente na Ásia, a oferta por parte dos países da OPEP voltará a ser chave na próxima década. A preocupação do economista é que a suspensão dos investimentos agora comprometa o atendimento a essa demanda no futuro.

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