Energia e Meio Ambiente

Estímulos ao etanol deixam de ser renovados pelo Congresso

Os incentivos públicos ao setor de etanol dos EUA, criados há mais de 30 anos, deixaram de existir no primeiro dia do ano. Isso ocorreu porque o Congresso entrou em recesso de fim de ano antes de discutir ou aprovar a renovação desses incentivos, que expiravam em 31 de dezembro. Os benefícios consistiam de subsídios às refinarias que misturassem etanol à gasolina e de ajuda indireta por meio da tarifa de importação sobre o produto importado. A votação no Congresso foi postergada durante o ano passado em função da preocupação dos congressistas com os gastos públicos. Somente em 2011, os estímulos ao etanol chegaram a custar US$ 6 bilhões aos cofres federais. Para o representante Jeff Flake (R-AZ), dificilmente os contribuintes aceitariam continuar a financiar uma indústria já madura diante do cenário de déficit orçamentário e de dívida recorde no país. Opositores dos benefícios também alegavam que a ajuda federal prejudicava o setor alimentício por inflacionar o preço do milho, que é a principal matéria-prima para o etanol nos EUA. Analistas, no entanto, acreditam que a extinção da lei não reduzirá o preço da commodity. Apesar de prever que os incentivos viessem a ser extintos, o setor de etanol não pressionou pela renovação da lei. De acordo com Matthew Hartwig, porta-voz de um grupo de produtores de etanol, o mercado encontra-se mais desenvolvido e o incentivo não é tão necessário como anteriormente. A extinção do subsídio de US$ 0,45 ao produto doméstico e da tarifa de importação de US$ 0,54 por galão importado deve facilitar a entrada do etanol brasileiro no mercado dos EUA.

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