Obamacare abre em meio a paralisia federal e dúvida popular

A primeira fase do Affordable Care Act entrou em funcionamento, no dia 1o., com o início do cadastro da população nos “mercados” de seguros de saúde. Dúvidas da população, assim como problemas técnicos nas centrais de atendimento e no portal, marcaram o primeiro dia do Obamacare. A incerteza foi grande em relação à elegibilidade para recebimento de subsídios. Números oficiais apontam que 2,8 milhões de pessoas visitaram o site nas primeiras 15 horas de operação, enquanto 81 mil buscaram informações por telefone. Promovida pelo presidente Barack Obama em 2010, a lei determina que os planos de saúde deem cobertura a casos de doenças pré-existentes. Além disso, todos os cidadãos serão obrigados a ter algum seguro sob pena de pagar multa. Em 2012, a Suprema Corte desconsiderou o trecho da legislação que obrigava os estados a expandir o programa Medicaid a fim de incluir qualquer pessoa abaixo da linha da pobreza. Segundo pesquisa da Henry J. Kaiser Family Foundation, pelo menos 6,4 milhões de pessoas carentes não serão beneficiadas por morarem em um dos 25 estados que não ampliaram o Medicaid ou não aderiram ao Obamacare. A enquete indica que, às vésperas do lançamento, 64% dos entrevistados não sabiam quando o programa entraria em vigor. Além da oposição agressiva dos republicanos, a desinformação sobre a lei parece ser o grande desafio para o governo. A reforma é o mais ambicioso programa social adotado no país desde 1965, quando o então presidente Lyndon Johnson sancionou a lei que estabeleceu o Medicare para os idosos e o Medicaid para a população mais pobre. Este último levou 17 anos para ser adotado nos 50 estados.

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