No discurso da vitória no dia 7, Barack Obama indicou como será a agenda energética e ambiental no próximo mandato. A maior preocupação é reduzir a dependência de petróleo externo. Durante a campanha, Obama ressaltara o plano de desenvolver fontes domésticas de energia, equilibrando o uso de combustíveis fósseis e fontes renováveis. O presidente também mostrou preocupação com a mudança climática. Para analistas, a reeleição permite que a administração continue a promover energia renovável, eficiência energética e diminuição das emissões de gases. Uma iniciativa prevista é a adoção pela Agência de Proteção Ambiental de padrões para emissão de carbono por novas usinas de energia. A agência também espera concluir estudos sobre riscos ambientais na exploração de gás não convencional. Em função da importância dessa atividade para a independência energética do país, o governo precisará acomodar interesses de ambientalistas e da indústria. Medidas regulatórias, no entanto, devem ser contestadas no Judiciário e na Câmara dos Representantes, onde os republicanos mantiveram a maioria. O American Petroleum Institute, principal associação da indústria de petróleo e gás dos EUA, se opõe a limitar a exploração de gás e deve pressionar pela facilitação de licenças de perfuração. Obama também terá de decidir sobre a construção do oleoduto Keystone XL. Grupos ambientalistas que formam a base do partido democrata se opõe ao projeto e esperam uma postura mais assertiva do presidente nos próximos quatro anos.