Aumento tarifário brasileiro pode prejudicar EUA

Em declaração feita ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês), o American Iron and Steel Institute (AISI) criticou o aumento de tarifas brasileiro sobre aço. O aumento da taxação de 12% para 25% deve prejudicar as exportações dos EUA no 4o. trimestre. Em 4 de setembro, o Brasil divulgou uma lista de 100 bens que teriam suas taxas elevadas pelo período de um ano, com possibilidade de extensão até 2014. A medida entrou em vigor no dia 25, afetando diretamente produtores nos EUA. A AISI alega que parte das medidas não faz sentido, como a proteção sobre trilhos para ferrovias que não são produzidos no Brasil. Além do aumento de tarifas para aço e ferro, outra preocupação dos exportadores nos EUA é a proposta da indústria siderúrgica brasileira para criar uma exigência de conteúdo nacional mínimo para compras governamentais de aço. De acordo com a Administração de Comércio Internacional, os EUA exportaram US$ 209,8 milhões em ferro e aço para o Brasil em 2011. Por outro lado, importaram US$ 3,5 bilhões, acumulando um grande déficit comercial no setor. O USTR já havia expressado em carta ao Brasil que a elevação tarifária prejudicava áreas-chave de interesse de exportação dos EUA. Em resposta, o embaixador Roberto Azevedo declarou que os 100 produtos da lista representam apenas 4% do total exportado pelos EUA para o Brasil nos últimos 12 meses. Ainda segundo Azevedo, a medida não seria capaz de compensar os efeitos da desvalorização do dólar. Apesar das críticas, o governo brasileiro planeja uma segunda rodada de aumentos para 100 outros itens, que deve vigorar apenas a partir de março de 2013.

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