ONU apura mortes de civis por aviões não tripulados dos EUA

O relator especial da ONU, Ben Emmerson, anunciou que investigará ataques de aviões não tripulados com implicações na morte de civis. A declaração, no dia 25, explica que a legalidade das operações será examinada por uma missão do Conselho de Direitos Humanos. O relator para execuções extrajudiciais nas Nações Unidas, Christof Heyns, também participará das atividades. Segundo declaração de Emmerson, que tem mandato da ONU para monitorar ações de contraterrorismo, a falta de transparência da administração Obama quanto a essas operações foi um dos motivos da investigação. O relator especial já havia afirmado que alguns dos ataques contra o Paquistão podem ser considerados crimes de guerra. De acordo com estudos recentes, até 3.325 pessoas no país podem ter sido mortas nessas investidas desde 2004. Estima-se que 881 fossem civis, incluindo 176 crianças. As averiguações não se restringirão ao uso dos chamados drones, abrangendo outros tipos de operações. Como Emmerson é um especialista independente, suas visões não representam a posição oficial da ONU. Apesar disso, a iniciativa coloca em questão a política de Washington de combate ao terrorismo. O relator especial considera indefensável a posição dos EUA sobre sua autonomia para atuar contra grupos terroristas em qualquer país. A missão dos EUA na ONU se recusou a comentar o assunto, reafirmando a posição do conselheiro da Casa Branca sobre contraterrorismo, John Brennan. Em maio, Brennan alegou que ataques com drones são mais precisos do que ofensivas militares tradicionais, diminuindo a chance de ocorrência de mortes de civis.

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