Gangue dos oito continua negociações apesar de eleições

O grupo bipartidário que negocia um modo de impedir o abismo fiscal continuará a negociar durante o período eleitoral. Chamada de “gangue dos oito”, a equipe de senadores quer evitar os possíveis efeitos de uma retração econômica caso entrem em vigor os cortes automáticos do Budget Control Act (BCA) de 2011 e o fim das isenções de impostos da era Bush. O plano do grupo deverá ter três partes e será apresentado nas sessões parlamentares após as eleições de novembro. A primeira parte da proposta inclui um corte imediato de US$ 55 bilhões em gastos, equivalente à metade dos US$ 109 milhões em reduções programadas para 2013. O pacote adiaria em 6 meses a implementação de novos cortes, mas ainda não há consenso sobre a inclusão de aumento de receitas. A segunda parte do plano é um compromisso dos comitês orçamentários do Congresso para um acordo de longo prazo que reduza o déficit em US$ 4 trilhões. Por fim, a terceira parte estipula medidas caso os comitês não cheguem a tal acordo, similar aos cortes automáticos incluídos no próprio BCA, por ocasião das discussões sobre o limite da dívida pública. A diferença é que o novo plano traz uma estrutura mais balanceada do que o gatilho do BCA, sendo mais parecido com a proposta orçamentária feita pelo presidente Barack Obama em fevereiro. Apesar dos esforços, a divisão bipartidária pode atrapalhar as negociações e a aprovação do plano, já que líderes de ambos os partidos se opõem a medidas que estão sendo negociadas. Democratas são contra cortes na Seguridade Social, enquanto republicanos se opõem a criação ou aumento de impostos.

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