Reforma do filibuster sofre oposição bipartidária

O líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), está sofrendo oposição de republicanos e democratas por conta do método que pretende utilizar para mudar as regras do filibuster. Reid quer que a manobra deixe de ser realizada para impedir que propostas cheguem ao plenário. O procedimento é utilizado pela minoria para bloquear propostas, pois estende indefinidamente o tempo de debate. Para o encerramento do debate, é necessária uma votação com a anuência de três quintos dos senadores. Reid alega que, nestes 6 anos em que foi líder da maioria, os republicanos utilizaram o filibuster 382 vezes. Especialistas indicam que a frequência do procedimento contribuiu para um dos períodos mais improdutivos do Congresso. Normalmente, uma mudança nos procedimentos do Senado requer dois terços dos parlamentares para ser aprovada. Entretanto, um precedente estabelecido pela Suprema Corte em 1892 permite que, na primeira sessão do ano do Congresso, apenas uma maioria simples possa aprovar qualquer tipo de legislação. No ano que vem, a bancada de Reid no Senado terá 55 votos contra 45 dos republicanos. Apesar de a maioria dos democratas ser favorável à reforma, alguns se mostram relutantes por conta do método em pauta para a alteração. Ao mesmo tempo, senadores republicanos dizem que a reforma acabará com qualquer tentativa de compromisso bipartidário e poderá afetar outras negociações, como a do abismo fiscal. O porta-voz da Câmara, John Boenher (R-OH), afirmou que qualquer projeto do Senado que chegue à sua Casa por meio dos novos procedimentos será ignorado.

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