Casa Branca discorda do Equador sobre asilo político

A Casa Branca alinhou-se com o Reino Unido ao afirmar não reconhecer asilo político como um instrumento do direito internacional. A informação foi dada pela porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, um dia depois de o Equador conceder o benefício ao jornalista australiano, Julian Assange. O fundador do site WikiLeaks, que aguarda extradição do Reino Unido para a Suécia sob acusação de crimes sexuais, está refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde junho. A proteção oferecida pelo Equador, amparada pelo Tratado sobre Asilo Diplomático da Organização dos Estados Americanos (OEA) de 1954, será discutida pela organização na próxima semana. A reunião teria sido suscitada pela ameaça britânica de invadir a embaixada. Apesar de integrar o Conselho Permanente da OEA, os EUA não são signatários do tratado. De acordo com Nuland, o caso é uma questão bilateral, não cabendo à OEA intervir. Apesar da declaração, o Departamento é acusado pelo próprio Assange de pressionar o Reino Unido pela extradição. O australiano acredita que, uma vez enviado à Suécia, será mandado em seguida aos EUA para responder pela publicação de documentos diplomáticos confidenciais. Nesse caso, Assange seria julgado por crime de espionagem, passível inclusive de pena capital. Washington pode pedir diretamente ao governo britânico a entrega do jornalista, mas os tratados de extradição com a Grã-Bretanha são mais burocráticos do que os assinados com a Suécia. Nuland desmentiu as acusações, declarando que o caso precisa ser conduzido com base nas leis domésticas da Grã-Bretanha, e não sob preceitos do direito internacional.

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