Senado exige posição do governo sobre refugiados palestinos

O Comitê de Apropriações do Senado aprovou, no dia 24, uma emenda à lei de orçamento para operações externas. A medida exige que o Departamento de Estado informe quantos refugiados palestinos deixaram, entre 1946 e 1948, a região que hoje é parte de Israel, e os territórios ocupados pelo país em 1967. Os senadores Mark Kirk (R-IL) e Patrick Leahy (D-VT), autores da proposta, esperam diferenciar entre cerca de 30.000 pessoas que deixaram suas casas e seus 5 milhões de descendentes. A medida propõe ajuda humanitária exclusiva aos deslocados, ajudando a reduzir gastos nos EUA e favorecendo Israel na questão sobre o direito de retorno dos palestinos. Os EUA contribuem com US$ 250 milhões para o programa da ONU de ajuda a refugiados palestinos. O vice-secretário de Estado, Tom Nides, enviou uma carta a Leahy, explicando que a exigência levaria a um posicionamento dos EUA em relação a um dos problemas mais sensíveis no conflito entre israelenses e palestinos. Além disso, a suspensão de boa parte da ajuda enfraqueceria a UNRWA, organismo da ONU responsável pelo programa humanitário e importante força de estabilização na região. Analistas consideram que o vice-secretário se contradiz ao citar que a assistência financeira beneficia 5 milhões de refugiados, incluindo educação para 450 mil crianças e diversos serviços sociais. Assessores de republicanos consideram que a carta indica não apenas um claro posicionamento, mas uma mudança na política da administração. Em 2008, o então candidato à presidência, Barack Obama, declarou que o retorno dos refugiados a Israel não seria uma opção viável.

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