Impasse diplomático sobre ativista chinês chega ao fim

A chegada a Nova Iorque do ativista chinês Chen Guangcheng, no dia 19, encerrou um episódio delicado entre EUA e China. Chen obteve finalmente permissão para deixar seu país e estudar nos EUA. No mês passado, o ativista se abrigou na embaixada dos EUA após fugir de prisão domiciliar, durante a qual alega ter sofrido torturas. Poucos dias após o refúgio, Chen foi entregue pelos EUA a autoridades chinesas. Apesar de ter sido tratado diplomaticamente, o caso teve repercussões para ambos os países. Inicialmente, quando se definiu pela permanência do ativista na China, congressistas republicanos acusaram a administração Obama de fraqueza nas negociações. Em telefonemas ao Congresso, Chen teria inclusive contradito a versão do Departamento de Estado sobre suposta intenção de permanecer na China. A acusação dos republicanos teria levado Washington a pressionar o governo chinês a permitir a viagem do ativista. Segundo diplomatas dos EUA envolvidos na questão, embora a liberação de Chen pudesse ser vista negativamente na China como anuência aos EUA, o governo chinês teria concordado em fazer barganhas políticas. Uma demanda da China seria que a próxima viagem da secretária de Estado à Ásia, prevista para os próximos dias, enfatize as relações bilaterais com a China, e não tanto arranjos mulitilaterais no continente. A mudança de foco seria uma forma de o governo chinês mostrar sua influência sobre os EUA aos países asiáticos, principalmente aqueles com os quais possui desavenças.

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