Plano da OTAN corrige assimetria operacional e financeira

A OTAN deve aprovar, em 20 e 21 de maio, os primeiros passos do plano Smart Defense. A informação foi dada, no dia 8, pelo general francês Stéphane Abrial, um dos responsáveis por executar o projeto do secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen. A iniciativa foi deflagarada após a intervenção na Líbia ter revelado uma série de problemas operacionais. Durante a missão, ficou evidente a dependência dos aliados em relação à capacidade técnica dos EUA. A missão também dependeu de gastos pelos EUA, que contribuíram, por exemplo, com 80% do combustível usado nos voos durante a operação. O Smart Defense, que inclui mais de 20 acordos, pretende corrigir essa assimetria e adaptar a organização ao atual cenário de austeridade por meio de redução de gastos. As mudanças também estimulam maior cooperação entre os países membros, incluindo o compartilhamento de responsabilidades e inteligência. Um ponto importante da proposta é que os países redirecionem investimentos militares nacionais para a OTAN. Outra meta é equilibrar os encargos financeiros e técnicos para diminuir a disparidade de contribuição entre os países, já que os EUA contribuem com quase 80% do orçamento da organização. Em 1980, os europeus chegaram a contribuir com 40% do total. A divulgação suscitou preocupações comerciais e estratégicas. A indústria bélica teme que a reorientação dos gastos leve à diminuição na compra de armamentos ou à aceitação do baixo padrão de investimentos em defesa pelos europeus. Já os países da Europa oriental receiam que eventuais cortes enfraqueçam a OTAN frente à Rússia.

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