Vídeo de fuzileiros profanando corpos talibãs causa revolta

Uma gravação divulgada na internet no dia 11, mostrando fuzileiros navais profanando corpos de talibãs mortos no Afeganistão, tem causado problemas para a Marinha dos EUA. No vídeo, quatro fuzileiros em trajes de combate urinam sobre os corpos, enquanto dão risadas. As imagens também geraram grande repercussão internacional. A divulgação do ato, possivelmente uma violação da Convenção de Genebra, pode prejudicar os diálogos já conturbados entre EUA e Afeganistão. Washington teme a revolta da população afegã, que já se mostra contrária às tropas estrangeiras. A estabilização do país é vital para o fim da guerra e a retirada de cerca de 30 mil soldados dos EUA, anunciada para setembro próximo. O sucesso desses objetivos depende de se encontrar um modo de dialogar com o Talibã sem perder o apoio do presidente afegão, Hamid Karzai. O Talibã não reconhece a autoridade do atual governo afegão, o que coloca em lados antagônicos dois pólos fundamentais para a solução de paz. O Talibã condenou o ato, enquanto Karzai o classificou como desumano, exigindo punições severas aos envolvidos. O secretário de Defesa, Leon Panetta, garantiu ao presidente afegão que o incidente será investigado. O Pentágono confirmou a autenticidade do vídeo e afirmou já possuir o nome dos envolvidos. O caso se assemelha ao episódio de 2004, quando fotos de prisioneiros no Iraque sendo humilhados na prisão de Abu Ghraib foram publicadas. Na época, o fato prejudicou a posição dos EUA internacionalmente e nas negociações de paz.

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