Acordo estabelece presença dos EUA no Afeganistão até 2024

Autoridades dos EUA e do Afeganistão definiram, no dia 22, os termos da parceria estratégica entre os dois países. Assinado pelo embaixador dos EUA em Cabul, Ryan Crocker, e pelo Conselheiro de Segurança Nacional do Afeganistão, Rangin Spanta, o documento estabelece a permanência de soldados dos EUA por dez anos após a retirada das tropas de combate em 2014. As forças remanescentes teriam apenas uma função de suporte à manutenção da estabilidade. Outros pontos negociados dizem respeito ao apoio dos EUA ao desenvolvimento econômico e social do país, e ao fortalecimento de instituições afegãs. A definição do papel dos EUA no futuro do país era uma exigência da Loya Jirga, tradicional assembleia afegã. O acordo também ajuda a vencer a relutância de países ocidentais em contribuir financeiramente para a reconstrução do Afeganistão. Muitos aliados justificam a reticência com base na incerteza quanto ao comprometimento permanente dos EUA, o que poderia favorecer o recrudescimento de grupos insurgentes. Outro empecilho para o acordo era a polêmica em torno da autonomia dos EUA sobre investidas noturnas e detenções de suspeitos. Somente na semana passada foi definida a competência exclusiva das forças afegãs sobre tais operações. As negociações também sofreram críticas de potências regionais como Irã e Paquistão, que se opõem a uma relação estratégica de longo prazo entre Washington e Cabul. Mesmo dependendo da aprovação dos presidentes Barack Obama e Hamid Karzai, a proposta deve ser apresentada na próxima conferência da OTAN, que se realizará em Chicago dentro de um mês.

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