Energia e Meio Ambiente

Acordo com Exxon pode dar à Rússia acesso a reservas dos EUA

A maior petrolífera dos EUA, Exxon Mobil, fechou acordo com a estatal russa Rosneft, no dia 30, para explorar petróleo na zona russa do Oceano Ártico. Como os EUA proíbem exploração na zona que controlam no Ártico, a transação revela-se uma grande oportunidade para a Exxon. Em troca, a Rosneft se tornará coproprietária de campos de petróleo no Golfo do México e em terras no Texas. O acordo permite à Rússia adquirir técnicas avançadas, o que poderia aumentar sua produção doméstica e reverter tendência de declínio de suas reservas. A negociação ainda pode ser revisada pelo Comitê de Investimentos Externos, órgão do Departamento do Tesouro, responsável por analisar transações com risco para a segurança nacional. Caso a Rosneft encontre barreiras nos EUA, o investimento de US$ 3,2 bilhões da Exxon na Rússia também poderá ser prejudicado. Funcionários russos disseram que reciprocidade é uma condição essencial para que empresas internacionais possam investir em exploração de recursos de energia na Rússia. O vice-primeiro-ministro Igor Sechin declarou que a Rosneft espera participar de pelo menos seis projetos nos EUA de valores equivalentes aos oferecidos a Exxon. Mas a dúvida sobre a capacidade da Rosneft em evitar acidentes ambientais e a desconfiança do Congresso em relação à aquisição de ativos domésticos por empresas estrangeiras, principalmente de países não aliados, pode se tornar um impedimento. Em 2005, a pressão dos congressistas fez com que a petrolífera californiana Unocal desfizesse acordo de venda para a estatal chinesa CNOCC.
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