Energia e Meio Ambiente

EUA negociam acordo nuclear flexível com Vietnã e Jordânia

Os EUA abandonaram a exigência para que o Vietnã e a Jordânia, com os quais estão em negociações avançadas para cooperação nuclear, não produzam combustível atômico. Funcionários envolvidos nas tratativas afirmam que os dois países, assim como outros parceiros em potencial, não concordariam com tal condição e poderiam optar por adquirir tecnologia e reatores da Rússia, França ou Coreia do Sul. Nesse caso, os EUA perderiam mercado e influência nos países em desenvolvimento, bem como o poder de estabelecer controles sobre proliferação. Os EUA já dominaram mais de 50% do mercado mundial de reatores no passado, mas sua parcela atual é de aproximadamente 20%.  A decisão revela uma mudança significativa na política de cooperação nuclear dos EUA, e teria sido adotada após uma revisão conjunta dos Departamentos de Energia e Estado. O acordo assinado em 2009 com os Emirados Árabes Unidos (EAU), por exemplo, proíbe o país de enriquecer urânio ou reprocessar combustível usado, técnica que poderia ser utilizada para produzir armas nucleares. Na época, o presidente Obama classificou o tratado com os EAU como modelo para futuros acordos. Congressistas temem que os acordos com Vietnã e Jordânia abram um precedente preocupante, tanto em relação a países aliados quanto antagônicos. Com o tratado de cooperação nuclear com Coreia do Sul e Taiwan expirando nos próximos anos, é possível que esses países também exijam o direito de produzir combustível para renegociá-los. A concessão a algumas nações daria argumentos ao Irã e à Coreia do Norte em eventuais acordos futuros.
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