Energia e Meio Ambiente

Clinton condena enriquecimento de urânio em usina iraniana

A secretária de Estado, Hillary Clinton, condenou, no dia 10, o início das atividades de enriquecimento de urânio próximas à cidade de Qom, a 150 km ao sul de Teerã. A usina de Fordo é uma instalação subterrânea e o seu funcionamento foi confirmado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no dia 9. Clinton disse tratar-se de um desrespeito aos regimes internacionais dos quais o Irã é parte, além de provar que o isolamento sofrido pelo país é autoimposto. A existência da usina fora confirmada à AIEA pelo governo iraniano em 2009, embora a secretária atribua o comunicado à descoberta de sua construção pela comunidade internacional na ocasião. A instalação preocupa os EUA devido à possibilidade de desenvolvimento de armas nucleares, já que agora o país deve aumentar para 20% o nível de enriquecimento de urânio. O Irã alega que o aumento é necessário para abastecer o Tehran Research Reactor, que produz isótopos médicos, mas Clinton declarou ser falsa a justificativa. Além disso, o Irã considera o programa nuclear essencial para a sua segurança energética. Ali Asghar Soltanieh, representante do país na AIEA, minimizou o fato, afirmando que as atividades da usina já estavam sob supervisão da agência. A notícia é mais um elemento de tensão entre os dois países. Enquanto a Casa Branca vem aplicando novas sanções ao petróleo iraniano, Teerã acusa EUA e aliados de conspiração, como no caso do recente atentado fatal a um de seus cientistas nucleares. Há poucos dias, a justiça iraniana condenou à morte por espionagem um ex-fuzileiro dos EUA que também possui cidadania do Irã.

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