Clinton critica veto duplo contra resolução sobre a Síria

A administração Obama criticou duramente o veto da China e da Rússia no Conselho de Segurança (CS) da ONU sobre uma resolução contra a Síria, no dia 4. A votação teve ainda nove votos a favor e quatro abstenções, incluindo o Brasil. A resolução não incluía sanções, mas propunha “medidas específicas” para punir o regime sírio pela repressão que causou a morte de quase três mil pessoas. O veto representou uma derrota para os esforços diplomáticos da União Europeia e dos EUA. Diplomatas do órgão declararam que é difícil ocorrer um veto duplo, assim como é raro a China vetar uma resolução, especulando que o país teria sido pressionado por Moscou. Especialistas alegam que a Rússia foi contra a resolução por ser aliada da Síria, e possuir acordos militares e comerciais com o país. Já a China parece temer que a queda de regimes autoritários inspirem a desobediência civil doméstica. No entanto, os dois países disseram que se sentiram enganados após a resolução que dizia proteger civis na Líbia se tornar uma licença para declarar guerra contra Muammar al-Gaddafi. Em desaprovação, a secretária de Estado Hillary Clinton declarou que China e Rússia parecem incapazes de apoiar protestos pacíficos, posicionamento que não será esquecido pela população síria. Clinton responsabilizou os dois países por participação indireta na violência contra os manifestantes, já que continuam vendendo armas e equipamentos para o governo sírio. A secretária argumentou que o resultado da votação mostra que o CS falhou na manutenção da paz internacional e na defesa de civis.

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