Eric Holder defende eliminar terroristas nascidos nos EUA

O procurador-geral Eric Holder defendeu, no dia 5, a legalidade de ações letais, sem julgamento judicial, contra cidadãos dos EUA ligados à Al Qaeda. Segundo Holder, quando não houver a possibilidade de capturar indivíduos ligados ao grupo terrorista, o governo tem autoridade para utilizar força letal a fim de neutralizar a ameaça. Na opinião do procurador-geral, tal competência é respaldada pela Authorization for Use of Military Force, lei aprovada pelo Congresso em 2001, e não se restringe aos campos de batalha no Afeganistão. A justificativa foi a mais detalhada dada até agora por um membro da administração Obama no que diz respeito à eliminação seletiva de supostos terroristas. A missão no Iêmen que resultou na morte do clérigo da Al Qaeda Anwar al Awlaki, em setembro de 2011, despertou críticas à prática, vista como inconstitucional por vários setores da sociedade. Para os opositores da ação, o direito do clérigo de ser submetido a um processo judicial fora violado: Awlaki era cidadão dos EUA. Embora não tenha discutido casos específicos, Holder respondeu à crítica ao afirmar que o direito a julgamento assegurado pela Constituição pode ou não ser de natureza judicial, sobretudo quando se trata de segurança nacional. A American Civil Liberty Union, organização de defesa dos direitos civis, introduziu um pedido legal, em fevereiro, para que os documentos que autorizaram a morte de Awlaki e as evidências de seus supostos crimes sejam divulgados. A administração Obama se recusa a confirmar a existência de tal documentação, alegando que as operações contra a Al Qaeda no Iêmen são consideradas secretas.

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