Índia exclui EUA de licitação para compra de caças

Os EUA perderam a maior venda de aviões militares das últimas duas décadas, após as empresas Boeing e Lockheed Martin serem excluídas da licitação do governo indiano. A transação, estimada em US$ 12 bilhões para a compra de 126 caças, era tida como chave na parceria de defesa entre Índia e EUA. Autoridades indianas alegam que a decisão se deve ao fato de os EUA não serem um fornecedor confiável: além de já terem aplicado embargos à Índia no passado, o país costuma condicionar o fornecimento de peças ao atendimento de outras exigências. Uma segunda razão seriam as restrições excessivas aos usuários finais, vistas pelos indianos como desrespeito à soberania. Além disso, o governo indiano determina que fabricantes externos invistam parte do valor em produção na Índia. O problema é que o governo dos EUA impõe às suas empresas controles sobre exportação de tecnologia de equipamentos estratégicos. As duas companhias que continuam na disputa são a francesa Rafale e o consórcio europeu Typhoon, escolhidos por oferecerem transferência de tecnologia e melhor desempenho das aeronaves. Embora os motivos alegados pela Índia sejam técnicos, a notícia repercutiu mal em Washington e pode ter causado a saída do embaixador dos EUA, Timothy Roemer, que pediu demissão no mesmo dia do anúncio. A exclusão também decepcionou Barack Obama, que fez um esforço diplomático por este e outros acordos de defesa em sua última viagem ao país em novembro de 2010. Na ocasião, Obama chegou a declarar apoio oficial à candidatura da Índia a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

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