Armar rebeldes líbios é opção para EUA

Os EUA pensam em armar os rebeldes na Líbia, apesar da controvérsia sobre a legalidade da ação. Em janeiro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 1970 para impor um embargo de armas à Libia extensivo aos rebeldes. Dois meses depois, a resolução 1973 autorizou o uso de qualquer medida para a proteção de civis. A pedido dos EUA, a segunda resolução incluiu uma cláusula de substituição da primeira, anulando a questão do apoio bélico. A ação pode ser interpretada como tentativa de mudança de regime – e não intervenção humanitária – um desrespeito à própria resolução 1973. Apesar do secretário-geral da OTAN, Anders Rasmussen, discordar, os EUA e outros países da aliança consideram a medida legal. Para o senador Carl Levin (D-MI), líder do Comitê de Serviços Armados, o problema é a imprevisibilidade do destino das armas após o cessar-fogo. Este temor cresceu depois de o comandante militar da OTAN, almirante James Stavridis, afirmar diante do Congresso que relatórios de inteligência indicam a presença de membros da Al-Qaeda e do Hezbollah entre forças anti-Qaddafi. Mahmoud Shammam, porta-voz dos rebeldes, declarou que o movimento apreciaria as armas, mas disse preferir apoio político em função das causas democráticas da revolução. Segundo fontes não identificadas pela mídia, o presidente Barack Obama teria assinado uma ordem para facilitar a transferência de armas por meio de operações sigilosas da CIA. O secretário de Defesa, Robert Gates, se recusou a comentar a informação, reafirmando sua posição contrária à ideia de depor tropas e armar os rebeldes.

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