Comitiva de peso mostra apoio à sucessão saudita

A passagem de Barack Obama pela Arábia Saudita, no dia 27, for marcada por muita diplomacia. Recebido com honras militares, Obama esteve acompanhado de figuras proeminentes. Além de políticos democratas, integravam o grupo o secretário de Estado, John Kerry, o diretor da CIA, John Brennan, e o chefe do Comando Central, general Lloyd Austin. Outros membros foram o senador John McCain (R-AZ) e dois ex-secretários de Estado, Condoleezza Rice e James A. Baker III. A comitiva apresentou condolências pela morte do rei Abdullah Al Saud, e saudou seu meio irmão e sucessor, Salman al Saud. O novo monarca tem saúde delicada em função da idade avançada (79) e das consequências de um derrame. Alguns analistas dizem que o motivo real da visita foi reforçar os laços com Mohammed bin Nayef, atual ministro do Interior e uma espécie de príncipe adjunto. Nayef é neto do fundador do país, rei Ibn Saud, e muito respeitado pelas agências de contraterrorismo dos EUA. Descendentes pouco afeitos a Washington, no entanto, podem vir a pleitear o trono na próxima sucessão. Apesar de conhecido por desrespeitar os direitos humanos, o país árabe é um dos maiores aliados dos EUA. O relacionamento bilateral envolve segurança e energia, mas vem sendo arranhado por acontecimentos como a Primavera Árabe, a aproximação da Casa Branca com o Irã, a relutância de Obama em agir contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, e o desenvolvimento do petróleo de xisto. Uma eventual turbulência na política doméstica saudita teria consequências para o Oriente Médio, a política externa dos EUA e o mercado global de energia.

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