Aliados divergem sobre o comando da Operação Amanhecer

O plano dos EUA em transferir o comando das operações na Líbia enfrenta uma dificuldade primária: falta de consenso entre os aliados sobre quem vai assumir a função. Para Washington, a OTAN deve ficar encarregada, mas os demais membros continuam divergindo. O primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, que havia criticado a intervenção e rejeitado a atuação da OTAN, passou a aceitar o papel da organização. Reino Unido e Itália, entre outros, também concordam com os EUA. A França, no entanto, alega que a participação da organização seria vista pela Liga Árabe como mais uma interferência ocidental em região islâmica. Como alternativa, o país sugeriu uma força multilateral sob comando francês. A Alemanha, que se absteve na votação da ONU, continua irredutível. O governo alemão retirou 4 navios e 600 soldados do Mediterrâneo para não participar do embargo de armas à Líbia aprovado pela OTAN na terça, 22. Como compensação, 300 soldados alemães serão enviados ao Afeganistão. Os EUA também pediram pela participação de países árabes, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, mas apenas o Qatar aceitou enviar caças. O presidente Barack Obama declarou que a operação militar conjunta pode durar mais do que o previsto se Muammar al-Qadhafi não deixar o poder imediatamente ou logo após promover as reformas demandadas. Segundo o almirante dos EUA encarregado da operação, Samuel J. Locklear III, os bombardeios aliados destruíram a maioria da defesa aérea líbia, mas não interromperam os ataques a civis.

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