Referendos no Sudão giram em torno do petróleo

Dois referendos previstos no Sudão para 09 de janeiro de 2011 geram incerteza sobre o futuro do sul do país e do território de Abyei. O sul, de população negra, cristã e animista, poderá se tornar um país independente ao se separar do norte árabe e muçulmano; Abyei, que liga os dois extremos e contém as maiores reservas de petróleo, decidirá em qual lado ficar. Apesar do acordo entre o governo e o Movimento de Liberação do Povo Sudanês, é incerto se os governantes aceitarão a separação. O ministro da Defesa declarou que antes será preciso definir a divisão dos campos petrolíferos, o uso das águas do Nilo e a demarcação das fronteiras. Sulistas confirmaram o referendo mesmo sem a cooperação nortista e temem pelo retorno da violência caso a sua aprovação não seja aceita. A China importa 60% da produção de petróleo e possui relações estreitas com o governo central, embora tente uma aproximação com os separatistas, donos de 80% das reservas comprovadas. Em 07 de novembro, Obama mandou uma mensagem pelo senador John Kerry ao presidente, Omar al-Bashir, na qual se comprometeu a retirar o Sudão da lista de Estados que financiam o terrorismo, em troca do referendo e de progressos na região de Darfur. O presidente do governo regional do sul, Salva Kiir, e o vice-presidente do Sudão, Ali Osman Taha, prometeram cumprir os prazos estabelecidos. Há também um esforço da ONU para evitar o derramamento de sangue, razão da presença na região de 10.000 capacetes azuis.

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