Governo quer ampliar poder da CIA no exterior

Após a descoberta de artefatos explosivos, atribuídos a Al-Qaeda no Iêmen e encontrados em aviões de carga com destino aos EUA, membros do governo deste país pretendem aumentar o poder da CIA (Central Intelligence Agency) no exterior. O objetivo seria colocar as unidades militares do Comando de Operações Especiais Conjuntas sob a supervisão da agência para obter agilidade de ação. A transferência de função é considerada importante também por oficiais militares para burlar a necessidade de autorização dos governos nacionais no combate ao terrorismo. O Iêmen recebeu US$ 150 milhões e treinamento militar de especialistas dos EUA para combater o terrorismo dentro de casa. O governo iemenita vem permitindo ataques às instalações da Al-Qaeda no país, embora o presidente Ali Abdullah Saleh rejeite ou atrase algumas autorizações devido às baixas civis ocorridas. Apesar ter operações desse tipo supervisionadas pelo Congresso, a CIA recebe ordens diretas da Casa Branca e não está obrigada a fornecer tantas informações aos congressistas quanto os militares, o que lhe confere maior liberdade de ação. A autonomia pretendida pelo governo dos EUA pode prejudicar a sua relação com o governo do Iêmen e tornar mais impopular a sua imagem junto à população local.

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