Elevação de juros pode sinalizar melhora nas relações China-EUA

O banco central chinês aumentou suas taxas de juros sobre empréstimos de 5.31% para 5.56%, e sobre depósitos de 2.25% para 2.5%, na última terça-feira, 19 de outubro. Esta foi a primeira elevação de juros desde a crise financeira de 2008. Segundo analistas, o governo tenta controlar índices de inflação gerados pelo forte crescimento da economia nos últimos trimestres. O anúncio também foi recebido como um sinal de que a China estaria disposta a negociar compromissos na próxima reunião do G20, em novembro. Tensões entre Estados Unidos e China têm aumentado nas últimas semanas: em 15 de setembro, os EUA abriram dois casos contra a China na OMC; no dia 29, a Câmara aprovou projeto de lei permitindo retaliações a países manipuladores cambiais. Simultaneamente, o secretário do tesouro, Timothy Geithner, elevou o tom das críticas à política cambial chinesa, pedindo por sua valorização gradual e respeito às regras de mercado. O governo chinês rebate as acusações, alegando que os EUA também mantêm políticas de subsídios e favorecimento a produtores nacionais. A China acumula reservas em dólares que alcançaram a cifra recorde de US$ 2.648 trilhões em setembro. Nas últimas semanas, o governo chinês permitiu uma apreciação do câmbio da ordem de 3%, que, juntamente com o aumento dos juros, pode ser indício de uma abordagem mais conciliatória. Ao mesmo tempo, o Departamento do Tesouro adiou a publicação de relatório sobre políticas cambiais chinesas, ganhando mais tempo para o diálogo entre os países.

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