Aniversário da Marcha em Washington expõe divisões raciais

O presidente Barack Obama celebrou, no dia 28, os 50 anos da Marcha em Washington por Empregos e Liberdade e do histórico discurso “I have a dream”, de Martin Luther King. Em ato simbólico no Memorial Lincoln, Obama criticou a polarização da política nacional que impede maior distribuição de justiça social e igualdade econômica para a classe média. Embora tenha destacado as conquistas do país nas questões raciais, Obama reconheceu que a disparidade de renda aumentou e que o desemprego entre os afro-americanos é quase duas vezes maior do que entre os brancos. A série de relatórios “The Unfinished March”, do Economic Policy Institute, mostra que 45% das crianças pobres negras vivem em áreas extremamente carentes, contra 12% das crianças brancas nas mesmas condições. Já a consultoria Sentier Research afirma que a renda média dos lares afro-americanos caiu 10,9%, contra 3,6% dos brancos, desde 2009. Sob o mandato do primeiro presidente negro dos EUA, cresce o pessimismo em relação ao avanço nas questões de igualdade racial. De acordo com pesquisa de agosto do Pew Research Center, apenas 26% dos afro-americanos acreditam que as condições de vida melhoraram para a população negra nos últimos cinco anos. Na mesma enquete realizada em 2009, esse percentual chegava a 39%. Os ex-presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton participaram do evento, que não contou com nenhum orador republicano. Além do apelo por uma nova militância de direitos civis, os convidados mencionaram o assassinato do jovem negro Trayvon Martin na Flórida, o controle de armas e a recente decisão da Suprema Corte sobre o Voting Rights Act.

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