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Governo Biden-Harris lança Estratégia de Segurança Nacional (NSS 2022)

O presidente Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, em evento no Capitólio, em Washington, D.C., em 6 de janeiro de 2022 (Crédito: Departamento de Estado)

Por Yasmin Reis e Tatiana Teixeira*

O presidente americano, Joe Biden, e sua vice-presidente, Kamala Harris, anunciaram na quarta-feira (12), a nova Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) do país. No documento recém-lançado, a proteção do povo americano, a expansão econômica e a defesa dos valores democráticos – “enraizados na sociedade americana” – são apresentados como os elementos definidores do interesse nacional. Para defendê-lo e afastar concorrentes estratégicos, o governo Biden-Harris garante que usará todos os recursos de poder ao alcance dos Estados Unidos.

O texto divulgado descreve três pilares para a execução de seus objetivos: investir, construir e modernizar. O primeiro se refere às fontes e ferramentas de poder e de influência; o segundo, à construção de coalizões mais fortes, a fim de moldar o ambiente estratégico, assim como solucionar os desafios compartilhados; e, por último, modernizar as Forças Armadas, visando a melhor estruturá-las para a nova era de competição estratégica.

O governo americano define essa nova era como o enfrentamento de um cenário emergente que mescla governança autoritária com uma política externa revisionista. Neste panorama, China e Rússia são citadas como as principais nações a serem observadas.

Já em relação aos desafios compartilhados, a administração elencou efeitos que transcendem fronteiras e questões geopolíticas: mudanças climáticas, insegurança alimentar, doenças transmissíveis, ou inflação. Deste modo, o governo Biden-Harris marca o documento com o rompimento da linha divisória entre as políticas interna e externa, ressaltando que as forças internas e externas estão intrinsicamente associadas.

Este documento é elaborado, regularmente, com o objetivo de determinar prioridades e ameaças à Segurança Nacional e expor os interesses em jogo na condução da política nos âmbitos doméstico e internacional. Nesse sentido, conforme indicado pela Seção 603 da Lei Goldwater-Nichols de Reorganização do Departamento da Defesa de 1986 (PL 99-433), cabe ao Poder Executivo detalhar “compromissos, objetivos, políticas e capacidades de defesa necessários” e disponíveis para “implementar os planos de segurança” e lidar com os desafios identificados. É enviado pelo presidente para o Congresso.

Para NSSs de gestões anteriores, consultar aqui.

 

* Yasmin Reis é pesquisadora voluntária do Opeu, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa da Escola Superior de Guerra (PPGSID/ESG), bolsista CAPES e assistente de pesquisa voluntária no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC/EGN). Contato: reisabril@gmail.com.

Tatiana Teixeira é editora do OPEU, professora colaboradora do Instituto de Relações Internacionais e Defesa (IRID/UFRJ), pesquisadora do NEAI (Ippri/Unesp) e assistente editorial da revista Sul Global. 

 

** Sobre o OPEU, ou para contribuir com artigos, entrar em contato com a editora Tatiana Teixeira, no e-mail: tatianat19@hotmail.com. Sobre as nossas Newsletters, para atendimento à imprensa, ou outros assuntos, entrar em contato com Tatiana Carlotti, no e-mail: tcarlotti@gmail.com.

 

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