Sanders fica na disputa para questionar regras partidárias

O pré-candidato Bernie Sanders continua nas primárias apesar da pressão do Partido Democrata para conceder vitória antecipada à Hillary Clinton. Sanders pretende ir até a Convenção Democrata Nacional, entre 25 e 28 de julho, quando o candidato à presidência será escolhido com um mínimo de 2.383 delegados. Como suas chances são quase nulas, alguns analistas explicam a persistência como tentativa de aproveitar a popularidade para avançar uma agenda mais progressista. Outro motivo seria chamar atenção para as incoerências nas regras eleitorais democratas, que permitem que centenas de superdelegados mostrem preferência por um pré-candidato antes mesmo do início das primárias. Sanders pretende atacar Hillary em questões econômicas, embora também já tenha começado a mencionar os escândalos dos emails que envolvem a rival. Outro ponto explorado são as pesquisas mostrando que o senador tem mais condição do que Clinton para vencer o republicano Donald Trump. A probabilidade de uma disputa turbulenta na reta final preocupa a liderança partidária, que apoia Clinton. Os caciques do partido esperam evitar a escalada da tensão para não desgastar ainda mais a imagem de Clinton. Os líderes do partido também pretendem evitar choques como o protagonizado por Debby Schultz, presidente do Comitê Democrata Nacional. A troca de farpas com Sanders deixou em risco o cargo de Schultz e obrigou o partido a fazer concessões importantes para o senador. Uma delas foi permitir que Sanders nomeie alguns membros do painel que definirá a plataforma democrata nacional, o que dará ao senador a chance de influenciar a agenda futura do partido.

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