Navio dos EUA provoca China em área de disputa

A decisão dos EUA de circular um destróier nas Ilhas Spratly sem prévia comunicação, no dia 27, foi considerada pela China como provocação. O arquipélago fica no Mar do Sul da China e é reclamado juridicamente por Vietnã, Brunei, Malásia, Indonésia, Filipinas e China. Segundo a Convenção do Direito do Mar da ONU, países têm soberania no limite de 12 milhas náuticas a partir do litoral e navios estrangeiros precisam de autorização para entrar nesse espaço. As ilhas estão além dessa distância em relação à costa de quase todos os reclamantes, exceto por Filipinas e, parcialmente, Brunei. A China alega posse histórica sobre Spratly e vem criando ilhotas artificiais no local para garantir o que considera seu direito. Segundo analistas militares, uma pista para pouso também já teria sido construída. A Casa Branca diz não tomar partido na disputa, que envolve alguns aliados no Sudeste Asiático, mas sabe que suas incursões elevam a tensão com a China. Mesmo não sendo signatários do Tratado do Direito do Mar, os EUA consideram as ilhas dentro das 200 milhas náuticas estabelecidas pela ONU como zona econômica exclusiva. Por esse critério, o país costeiro tem o direito de exploração comercial e fiscalização, mas a navegação de embarcações estrangeiras é liberada sem necessidade de permissão. Há poucos dias, o secretário de Defesa Ashton Carter disse que os EUA continuarão a circular onde a lei internacional permitir e o Mar do Sul da China não será exceção. O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, alertou que a presença do navio de guerra dos EUA ameaça a soberania chinesa e põe em risco a estabilidade regional.

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