Líder republicano renuncia à presidência da Câmara

O porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), anunciou em uma reunião fechada do Partido Republicano que deixará o cargo no final de outubro, após a resolução do orçamento de 2016. A renúncia representa uma reação à ala mais conservadora do partido, que vinha pressionando o líder nos últimos meses. O porta-voz declarou aos correligionários que a oposição dentro do próprio partido estava ofuscando debates políticos mais importantes. Republicanos radicais e alguns pré-candidatos à presidência se posicionam contra o financiamento do programa de auxílio à saúde Planned Parenthood, e ameaçam bloquear todo o orçamento federal caso este destine verbas ao órgão. Boehner tem tentado evitar uma nova paralisação do governo, como ocorrido em 2013, mesmo que isso signifique fazer concessões aos democratas. Esta posição não agrada a ala mais conservadora, que já prometera retirar Boehner do cargo em caso de acordo com os democratas. Assim, o anúncio da renúncia de Boehner permite que ele se alie aos democratas na aprovação de um orçamento de curto prazo, sem ter que se preocupar com o futuro de seu cargo. Com isso, analistas acreditam que as chances de paralisação do governo diminuem consideravelmente. Mesmo com esta provável resolução, membros da Câmara acreditam que o sucessor de Boehner terá a difícil tarefa de unir os diferentes grupos dentro do partido. O candidato mais forte à sucessão, e preferido pela ala mais conservadora, é o atual líder da maioria Kevin McCarthy (R-CA). Apesar de ser bem cotado para a vaga, alguns especialistas não acreditam que McCarthy possua habilidade política forte o bastante para o cargo.

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