Um grupo bipartidário de senadores apresentou, no dia 28, plano para reforma da imigração. Esse é o primeiro esforço significativo de negociação do tema entre republicanos e democratas, depois que uma iniciativa semelhante falhou em 2010. Os congressistas esperam que os princípios propostos recebam o apoio de ambos partidos e sirvam de base para a discussão de uma legislação abrangente. A divulgação do plano ocorreu um dia antes de o presidente Barack Obama anunciar, em discurso na cidade de Las Vegas, sua posição sobre política imigratória. Entre as medidas apresentadas pelos senadores estão o reforço da vigilância nas fronteiras e o aperfeiçoamento de um sistema para controlar a saída dos que entram aos EUA com visto temporário. O plano também estabelece mecanismo para a legalização de cerca de 11 milhões de pessoas que vivem no país sem a documentação necessária. Segundo a proposta, os imigrantes sem antecedentes criminais poderiam requerer residência provisória, após pagar multas e impostos. Aqueles que atendessem a outros requisitos, como a compreensão da língua inglesa, poderiam obter green cards. Nesse caso, o benefício seria a residência permanente. A legalização de trabalhadores rurais e dos que chegaram nos EUA na infância seria facilitada, assim como a imigração de trabalhadores qualificados. Para analistas, o plano bipartidário concilia importantes exigências dos partidos. Enquanto democratas querem uma legislação ampla, com previsão de regularização dos imigrantes, republicanos esperam que a legalização só ocorra depois que mais controles sejam implementados.