Fed deve manter juros baixos e focar na inflação

As atas da última reunião do Fed, divulgadas em outubro, mostraram uma mudança na preocupação do órgão. Após meses de ênfase na saúde do mercado de trabalho, o Banco Central passa a ter como prioridade o nível de inflação no país. Com o desemprego em 5,9% em outubro, a economia dos EUA se aproxima da situação de pleno emprego. No entanto, os índices de inflação estão muito abaixo da meta do Fed, de 2% ao ano. Desde que passou a divulgar uma meta de inflação, em 2012, o índice tem sido inferior ao valor desejado, atualmente em 1,5% a.a.. Inflação baixa pode ser um risco para a economia do país: sem poder aumentar preços, as empresas tenderiam a demitir funcionários, o que desencadearia um ciclo vicioso. O recente fortalecimento do dólar no mercado internacional reduziu o custo das importações de bens de consumo. O dólar forte ainda aumenta o custo das exportações, tornando o cenário mais preocupante para o Fed. A redução da atividade econômica na Europa, Japão e China, também deve prejudicar as exportações do país. Além disso, a queda no preço das commodities deve manter a inflação em baixa. Esses fatores anulariam os resultados positivos do mercado de trabalho e levariam o Banco Central a manter taxas de juros reduzidas até a metade de 2015. O maior medo do Fed é que a elevação prematura dos juros acabe com a recuperação da economia. Economistas do órgão querem evitar cenários de crescimento nulo sem incentivos para investimento, como o Japão da década de 1990 ou a Europa atual.

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