Obama reafirma apoio da OTAN ao Leste Europeu

A mais recente viagem do presidente Barack Obama à Europa foi marcada pelas tensões com a Rússia. Em discurso na Estônia, no dia 3, Obama enfatizou o compromisso da OTAN com os países bálticos. Assim como seus vizinhos que também possuem população de minoria russa, a Estônia teme uma eventual expansão de Moscou contra seu território. Essa seria a principal razão de a Estônia ser o quarto país que mais investe na organização, a despeito de possuir um PIB pequeno. No dia 5, durante a reunião da OTAN no País de Gales, Obama reafirmou a importância da aliança e comentou as medidas acordadas pelos países integrantes na véspera. A mais controversa delas é o estabelecimento de uma força de reação rápida, com 4 mil soldados em caráter permanente no Leste Europeu e capacidade de mobilização em até 48 horas. A medida, fortemente incentivada pelos EUA e pelo Reino Unido, não foi consensual. A Alemanha considera que a ação viola um acordo de 1997 com a Rússia, opinião partilhada pelo Kremlin. Segundo esse arranjo, forças da aliança não podem estacionar permanentemente próximas à fronteira russa. Outra preocupação alemã é que Moscou entenda o gesto como nova tentativa de interferência do Ocidente na crise da Ucrânia. Já os países que defendem a criação da força rápida alegam que a organização não vai usá-la na Ucrânia, que não é integrante da aliança, mas apenas para proteger seus membros no leste. Mesmo assim, a OTAN anunciou uma ajuda à Ucrânia de baixo valor e certo simbolismo: US$ 15 milhões para gastos com ciberdefesa, logística e tratamento de soldados feridos.

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