Governo tenta evitar alarde sobre demissões antes da eleição

O Escritório de Administração e Orçamento anunciou, no dia 28, que o governo vai assumir custos judiciais incorridos por seus fornecedores em decorrência de reduções orçamentárias automáticas em 2013. Segundo o órgão, compensações trabalhistas e gastos com litigações poderão ser repassados ao governo, desde que relacionados a demissões vinculadas aos cortes. Terão direito ao benefício as empresas que não notificarem antecipadamente seus funcionários sobre possíveis demissões. Após a decisão da administração, a empresa Lockheed Martin desistiu de avisar aos seus 123 mil empregados até 2 de novembro, quatro dias antes das eleições. O pronunciamento da empresa, que produz equipamentos aeronáuticos e de segurança, encerra polêmica que começou em junho. Na ocasião, a firma anunciou que faria os comunicados em cumprimento ao Worker Adjustment and Retraining Act de 1988. De acordo com a legislação, as companhias têm de avisar aos funcionários sobre o risco de demissão em massa com 60 dias de antecedência. Outros fornecedores na indústria de defesa disseram que fariam o mesmo. No mês seguinte, o Departamento do Trabalho classificou como inadequado o envio de notificações em 2012, uma vez que as empresas não possuem informações precisas sobre os cortes no orçamento.  A partir de 2 de janeiro, o setor de defesa deverá sofrer reduções automáticas de até 10% em 2013. Os republicanos defendem as notificações ainda em 2012 e afirmam que a medida do governo é ilegal. Para eles, a decisão da Casa Branca seria uma manobra eleitoral dos democratas para manter votos, omitindo demissões em áreas  importantes.

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