CIA invade computadores de comitê do Senado

Dianne Feinstein (D-CA), presidente do Comitê de Inteligência do Senado, veio a público, no dia 11, falar sobre o embate do órgão com a CIA. Entre 2009 e 2012, o Comitê investigou o Programa de Detenção e Interrogação da CIA nos chamados black sites. Durante a revisão das práticas entre 2002 e 2006, o Comitê teve acesso a partes de um documento interno e confidencial da agência. O Relatório Panetta conteria evidências de que agentes tinham conhecimento de abusos em interrogatórios de suspeitos de terrorismo. Em janeiro de 2014, o diretor da CIA, John Brennan, comunicou ao Senado que computadores do Comitê tinham sido vasculhados pela agência devido ao acesso indevido ao Relatório. A busca ocorreu nos computadores do Comitê que ficavam na CIA, utilizados para revisão de documentos internos da agência. Nas semanas seguintes, Feinstein tentou sem sucesso obter mais informações sobre a invasão. Por sua vez, a CIA denunciou o Comitê ao Departamento de Justiça por má-conduta e acesso a documentos não autorizados. A Senadora nega as acusações, uma vez que o acesso às informações foi proporcionado pela própria CIA. O documento final da investigação, concluído em 2012, não faz menção ao Relatório Panetta e o Comitê vem pedindo à CIA sua liberação completa desde então. Feinstein acusa a agência de violar a 4a. Emenda da Constituição, leis federais e uma ordem executiva que impede a condução de buscas e vigilância doméstica. O forte posicionamento da senadora contra a CIA é significativo, já que Feinstein é uma notória defensora das instituições de segurança e inteligência, como a NSA e a própria CIA.

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