EUA e OTAN dão ultimato a Karzai

O presidente Barack Obama ordenou, no dia 25, o início dos preparativos para a retirada de todas as tropas dos EUA no Afeganistão até o fim do ano. O comando foi anunciado pelo secretário de Defesa, Chuck Hagel, um dia depois de propostos cortes históricos no orçamento de defesa para 2015. No mesmo dia, a decisão foi comunicada ao presidente afegão, Hamid Karzai. Obama optou pelo retorno total após concluir ser improvável que Karzai assine um acordo bilateral de segurança. Os EUA consideram a assinatura uma condição sine qua non para a permanência dos soldados após dezembro de  2014, quando os combates devem ser encerrados. A intenção era deixar um contingente reduzido para ajudar no processo de estabilização do país. O número não chegou a ser estipulado, mas a expectativa variava entre 3 mil e 10 mil soldados. Obama preferia manter o menor número possível, enquanto os militares defendiam uma presença mais robusta. Entre outros fatores, a permanência dependia do entendimento com o governo afegão sobre a concessão de imunidade legal aos militares dos EUA e da OTAN. Karzai se recusou a fechar o acordo, deixando a decisão para seu sucessor, que deve ser eleito em abril. Obama não descarta voltar atrás caso o próximo presidente aceite o compromisso, mas alertou que quanto mais demorada a decisão de Kabul, menor será a chance de permanência. No dia 26, ministros da OTAN acompanharam o ultimato, avisando a Karzai que as tropas da aliança também serão retiradas na falta do acordo.

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