Discurso destaca diplomacia e excepcionalismo

Durante o discurso do Estado da União de 2014, no dia 28, o presidente Barack Obama afirmou que a segurança dos EUA depende de todos os seus instrumentos de poder. Para enfrentar os problemas atuais, o presidente defendeu o emprego da diplomacia apoiada na ameaça de uso da força militar. A estratégia reflete os sérios desafios orçamentários. Com muitas referências ao suposto excepcionalismo do país, Obama atribuiu a seu governo o mérito pelo acordo provisório sobre o programa nuclear iraniano. Novamente sem destacar o papel de outros países, como a Rússia, o presidente se referiu ao plano de eliminação de armas químicas na Síria como um esforço dos EUA. Mesmo reconhecendo que o combate ao terrorismo não acabou, Obama citou a redução no uso de drones e a reforma dos programas de vigilância de dados como formas de restaurar a credibilidade do país. Ataques com aviões não tripulados mataram centenas de inocentes no exterior nos últimos anos, arriscando o apoio dos governos de países alvos. Já a prática indiscriminada de monitorar dados de comunicação de pessoas, empresas e governos estrangeiros abalou a confiança de países aliados. No geral, o discurso não trouxe novidades. O presidente voltou a garantir que fechará a prisão de Guantánamo, uma promessa que vem sendo descumprida desde 2009. A presença de um contingente militar no Afeganistão após 2014, prazo previsto para o fim da guerra, segue condicionada à assinatura de um acordo de segurança. Na esteira da contenção de despesas, a Casa Branca defende o máximo de 2 mil tropas, bem menos do que os 10 mil soldados recomendados pelo Pentágono.

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